PÁGINAS INDEPENDENTES

31 de mai. de 2011

"FERRAMENTAS" MUITO ESPECIAIS










Tenho orgulho de ser parte da equipe de Atividade Assistida por Animais em uma escola especializada em alunos Portadores de Necessidades Especias usando, como “ferramenta de trabalho”, meu cãozinho Dog, meu “pretinho básico". 
Sinto-me “bem vestida” para qualquer ocasião, no inverno ou no verão, tendo aquele "pomponzinho preto"        
como "cartão de visita"... 


Nós, voluntários do Instituto Cão Amigo & Cia. (uma ONG que cuida de GENTE, usando bichos), assumimos um compromisso moral de mantermos nossas queridas “ferramentas” bem cuidadas, confiantes e tranquilas, pra que realizem um bom trabalho conosco.


29 de mai. de 2011

DOMINGO!!! FRIO....

A semana que passou foi movimentada!
Hoje estou "pijamando"... em boa companhia.

 






Bom final de tarde de domingo a todos!

26 de mai. de 2011

PAZ INTERIOR = PAZ SOCIAL.


Quando recebi a intimação pra responder àquela Ação, interposta por uma cuidadora que teve um "piti" e me abandonou aqui sozinha, eu me senti violentada.
Na audiência inicial, não quis saber de acordo... ela alegava que eu a despedira... sabedora de que, mesmo ocorrido BEM DIFERENTE, não tínhamos testemunhas e, por princípio (in dúbio pro misero) eu seria perdedora... Na audiência de instrução, quando os fatos foram revolvidos, o sentimento de indignação tomou conta de mim, enquanto eu pensava: o que teria levado aquela mulher da mesma idade que eu, que me contava suas próprias intimidades e sabedora da minha grande dependência, a "surtar" ao ponto de me abandonar e ainda interpor uma ação contra mim?????
E, assim, o tempo foi passando... e eu acompanhava o andamento do Processo pelo computador, enquanto relembrava algumas intimidades escabrosas da minha ex cuidadora e conclui que Freud explicaria;-)
                              
Hoje, ao nos acomodarmos na Sala de Audiências, olhei pra mulher na minha frente, parecendo intimidada por todo aquele aparato jurídico... inibida, apesar de seu advogado: um jovem senhor, bem vestido... 
Olhei pro meu advogado...um jovem senhor, bem vestido... meu filho, o Rica.
Meu lado mãe sentiu-se orgulhoso, vaidoso e feliz.
Meu lado servidora aposentada pelo TRT9 ficou feliz pelo acordo que alivia um pouco a sobrecarga de trabalho do Judiciário.



Raiva???? Desculpe, não tem mais espaço!

25 de mai. de 2011

A AUDIÊNCIA


“Todo dia ela(s) faz(em) tudo sempre igual”
... e querem que eu também faça assim...
E eu me sinto “Com a bunda exposta na janela Prá passar a mão nela...”.
Sou gente, e “a gente quer viver todo respeito”.
Não é bem assim que acontece. Algumas pessoas pensam que:

Pessoas doentes ou “especiais”,
Independentes. Decentes.
São muito inconvenientes.
Deitar, dormir, parar
talvez eternamente...
Não incomodar, seria conveniente!
Assim sendo, hoje irei a uma audiência na JT, num processo em que sou ré... eu? eu.

Será uma tentativa de conciliação num processo já em  fase de execução.

Seja o que Deus quiser...

                                                  AMÉM!

A REDE

Foi ontem... minha conexão com a Net caiu... e me senti perdida... o sentimento ruim só me deixou quando o cãozinho Bidu deitou-se a meu lado e consegui escrever o texto a seguir:

Ele ajeitou-se na rede...
Índio manuseando seu pequeno espelho... Olhando além de si mesmo, do outro lado... da oca... da rua... do mundo.
Índio na rede, espelhinho na mão, olhando imagens pelo espelho: uma parede... uma janela... uma árvore... o mar... o mundo... um rosto... eu??? Outros rostos... vocês??? Mais rostos e vozes... nós??? E, entre o nós, eu... Feio??? Bonito??? Eu, apenas eu.
E a rede caiu. E o espelho quebrou.
O índio ali no chão, todo emplumado, mas sem espelhinho, sem rede... sem mundo???
Um pequeno cão veio, lambeu sua mão e deitou ao seu lado. E o índio sorriu... e falou com seu amigo de estimação, enquanto acomodava-se numa esteira:
_”Amanhã conserta Rede!”

22 de mai. de 2011

DIRETO DA FONTE

A Fonte - Assim intitulei a crônica que identifica a fonte que me motivou à escrita.
Acredito não estar causando nenhum prejuízo, pois não falamos de cópia, mas de uma nova composição literária,com contexto próprio, que utiliza trechos de letras de MPB.


“Seu” Onésio falava do filho


 Já foi nascendo com cara de fome. Fui assim levando... Ele a me levar...
E na sua meninice ele um dia me disse que chegava lá!
E, quem dera, os moradores, o prefeito e os varredores, os pintores e os vendedores fossem somente crianças
A gente estancou de repente ou foi o mundo então que cresceu... Ai o meu guri, olha aí!
Agora eu era o herói e o meu cavalo só falava inglês...
Agora eu era o rei, era o bedel e era também juiz, e pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz.
Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo. No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Deve ter alamedas verdes, a cidade dos meus amores
A cidade é uma estranha senhora
Que hoje sorri e amanhã te devora
Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal, era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
... O que é que a vida vai fazer de mim?
Eu andei demais... Bicho livre, sem rumo, sem laço
À procura de abrigo, uma ajuda, um lugar, um amigo...
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos. Quantos você ainda vê todo dia. Quantos você já não encontra...
Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito
Pai!!!!!!!
Você foi meu herói meu bandido! Hoje é mais muito mais que um amigo
Oh! Meu amigo, meu herói
Oh! Como dói saber que a ti também corrói a dor da solidão.
Descansa a tua mão cansada sobre a minha
Sobre a minha mão
Quando acordei, seu Onésio sorria compreensivamente pra mim e decidi não contar o sonho que tivera naqueles poucos minutos de sono, ali sentada. Apontou para o recém nascido e disse com orgulho:
“_ O guri vai se chamar Onesinho!”

Saí dalí e vim pra minha casa no campo, passando entre carneiros e cabras pastando solenes no meu jardim.
Aqui eu posso ficar no tamanho da paz, tendo
somente a certeza dos limites do corpo e nada mais;
Somente a certeza dos amigos do peito e nada mais.
Aqui posso temperar minha vida..., pois
Coracão da gente é igual país: Não deu certo uma mudança, muda-se de esperança

21 de mai. de 2011

COM GENTE É DIFERENTE!

Primeiro eles nos conquistam e nos apaixonamos.
Concomitante os conquistamos e eles nos amam de verdade.
Eles são completamente dependentes e confiantes.
E nós nos tornamos"eternamente responsáveis...".

ESTAMOS FALANDO DE BICHOS DE ESTIMAÇÃO.
M
  A
    S
COM GENTE É DIFERENTE!



19 de mai. de 2011

moral & direito (2ª parte)

Esta postagem é repeteco... mas a inconsequência imoral teve consequência legal.
 Ainda que meu filho Fábio é advogado...

From: Fábio Silveira Rocha
Sent: Wednesday, May 18, 2011 4:50 PM
To: Janice
Subject: TÁ AÍ... AUDIÊNCIA NO DIA 05/07 ÀS 16 HORAS.
Não sei se ganharei no processo (danos morais no Juizado Especial Cível) mas já me sinto recompensada...
Vamos aguardar o final desse caso.

Se você for a algum shopping em cujo estacionamento houver uma faixa indicando que ali é passagem de pedestre (dentre eles Pessoas com Necessidades Especiais), NÃO ESTACIONE sobre ela ou você poderá ter uma surpresa tão desagradável quanto foi a de quem quis passar usar a faixa e não conseguiu porque seu carro estava impedindo a passagem.

rotina, eu??????


Logo pela manhã, a cuidadora saiu com os “pequenos de dentro” e, enquanto isso, saí pro quintal e fiz a visita diária ao “grandão de fora”, quando observei se está tudo bem com ele e “fiz a média” diária, deixando-o entrar na casa e farejar tudo... ele deu uma volta e saiu. Juntos, “montamos guarda” no portão e esperamos pela volta dos “pequenos”. Quando viu a Maria entrando com Dog, Luna e Bidu, o Leo entrou no canil e esperou que eu fechasse a porta... quando isso aconteceu, Maria soltou as guias dos “pequenos”, que correram alegremente pelo quintal, deram latidinhos amigáveis  pro Leo e, quando entrei, os pequenos entraram comigo. Maria fechou o portãozinho que impede a passagem pro quintal e abriu o canil. Aí entramos e ganhamos, todos nós, a primeira porção de ração do dia;-)... A minha costuma ser mais saborosa e variada, mas é MINHA...
Nesse meio tempo, chegaram a “secretária do lar” (Nilda) e a “secretária particular” (Bete).
Com a ajuda da Bete, fui a mais uma sessão de equoterapia. Estavam lá a Izabela (terapeuta) e o Welington (auxiliar/condutor) e a égua Madalena, que eu montei... mas o “meu” cavalo Bill tinha “baixado veterinário”... Quando acabou a sessão, eu soube que o Bill estava na "recuperação" e fui fazer uma visita ao doentinho, que me pareceu (quase...) bem. Eu havia sido informado de que o Bill havia sido “dispensado” por não querer comer os agradinhos que os pacientes levaram (cenoura... maçã...) e porque se deitara. Mas, quando (entre atolamentos, sacolejos e cavalos que circulavam pelos próprios caminhos) fui vê-lo, ele se recuperava bem, pois estava de pé, pastando e seus grandes olhos brilhavam como sempre. O Bill só estava sujo... muito sujinhão;-)...
Depois de “fazer média” com todos os bichos que ajudam a cuidar de mim, fui às compras em lojas de decoração. Adquiri alguns objetos especialmente necessários e depois “enchi os olhos” olhando ambientes belíssimos e “enchi a alma” angariando ideias pra minha casa.
Sempre sob os cuidados da Bete, voltei pra casa. Já eram 16:30h e os cachorros me receberam com  a efusividade de sempre... apenas me farejaram mais do que o normal, pois eu trazia uma grande diversidade de informações...
Bete dormiria aqui, pois era folga semanal da Maria. Preparou meu banho.
Entrei na banheira e relaxei por mais de meia hora. Então chamei a Bete, que me ajudou a terminar o banho e sair da banheira. Eu estava quase totalmente vestida, quando o celular da Bete tocou... era da “escolinha” do netinho dela e escutava-se a criança (2 anos) chorar convulsivamente... ninguém fora buscá-lo...
Terminamos rapidamente, Bete me deixou na cama e foi buscar o menino, enquanto eu fiquei na companhia dos cachorros que me rodearam quietos e atentos... senti-me muito segura e confortável!
Logo a Bete chegou, trazendo o Bryan... o menino “magoou”;-), mas logo estava por ai alegre, interagindo com humanos e caninos.
Lá pelas tantas, o Leo fez coco e a Bete foi limpar. O  Bryan foi junto e eu o escutei falando: “_ Leo, não pisa coco!”. Depois a Bete foi pôr a coberta no canil, e o Bryan: “_Leo, péia! Vovó pondo cobeita!".
Às 21:00h, o Bryan foi dormir... e dormiu rapidinho.
Tão bonitinho!!!!!!

Hoje a Bete saiu daqui 08:00, pois é folga dela... e, consequentemente, minha também.
Estou “pijamando” o dia todo;

Rotina, eu???????

18 de mai. de 2011

"vai brincar, menina!" -II-

• O mundo ainda sofre os efeitos maléficos da Segunda Guerra Mundial. Isa pensa consigo mesma que nada justifica a ideologia nazista, que fez milhares de vítimas humanas em condições sub-humanas e que a raça mais especial do mundo é a raça humana.
• Na Segunda Grande Guerra, os americanos foram os "mocinhos" e os japoneses foram os "bandidos". Logo depois do lançamento da bomba atômica, os "bandidos" se renderam. Infelizmente, a bomba atômica que pusera fim à guerra não só destruiu completamente seus alvos como provocou lesões genéticas...
• Inicia-se a Era Atômica e paira sobre o mundo a chamada Guerra Fria.
• Brasília é oficialmente inaugurada. A nova capital do País é uma cidade muito promissora...
• Segue-se uma confusão política e instala-se uma ditadura militar no país.

Isa já é "gente grande". Casa-se. Ela sabe que não haverão "taillerzinhos chiquérrimos", mas vive intensamente cada momento com "o dedo em V" .
A guerra do Vietnam parece "de mentira", assim como a ditadura militar, fatos dos quais ela vive alienada.
Um dia Isa sente uma vida dentro dela e é de verdade, pois sua barriga cresce a cada dia e é belo seu corpo.
Isa assiste, ao vivo e em preto e branco, o primeiro humano a alcançar a Lua (questiona-se a veracidade do fato...).
E, alheia a qualquer questionamento, a Lua continua brilhando no Céu...
Pouco tempo depois, o corpo de Isa fica belo novamente, pois está gerando o belo João.
Mesmo envolvida em sua rotina diária, Isa se interessa por aquela mulher que faz gosto em ser fotografada de biquíni e grávida de sete meses. Isa se encanta com tamanho destemor. Leila Diniz morre num acidente aéreo. Aquilo tudo parece bem próximo e Isa chora de verdade.

Tempos depois, em meio às baixas depressões e altos picos da própria crise conjugal, Isa encara o espelho a lhe dizer:
- Seus sonhos ainda não acabaram, sua vida é legítima e o espaço que você ocupa nesse mundo é seu.
E a lagarta rompe seu casulo, deixando nascer uma linda borboleta que voa livremente, tendo "somente a certeza dos limites do corpo e nada mais"!
Então, diz com segurança:
- Meu nome é Isabela!

16 de mai. de 2011

"vai brincar, menina!" -I-

Ela comemora meio século de vida na virada do século e, enquanto rememora a própria vida, sente-se privilegiada por ter podido viver tantas coisas: umas tristes e outras alegres, mas todas importantes.
Isabela mergulha no passado e o passado vira presente. 
Do primeiro fato marcante ela não se lembra, mas sabe que sua irmã caçula morrera ainda bebê.
Isabela cresce com uma espécie de culpa inconsciente. Sentindo-se mais Isa do que bela, a menina torna-se crítica, curiosa e observadora, características nada valorizadas em uma menina daquela época.

Alheia à saga de Isa, a História segue seu curso:
• Morre Carmem Miranda. A mulher usava muitos colares e pulseiras, uma cesta bem grande de frutas na cabeça, saia rodada e sapatos altíssimos.
• O Brasil ganha o campeonato mundial, na Suécia. Isa vê os pais alegres como nunca.
• Surge o craque/rei Pelé.
• Morre Marylin Monroe e "Sua morte por overdose de barbitúricos pareceu ser a conseqüência inevitável de uma vida infeliz".
• O Brasil sagra-se bicampeão mundial de futebol.

Isa torna-se adolescente e percebe mudanças nos seus seios e nos seus anseios. Passa a brincar menos e sonhar mais, sempre interessada nos acontecimentos mundiais.
Tendo tomado a família Kennedy como modelo, Isa sonha com a sua própria família de filhos lindos, marido bonzinho, "taillerzinhos chiquérrimos", carro conversível...
• John Kennedy é assassinado.                                                  

                                                                                                     CONTINUA...

14 de mai. de 2011

A PAREDE DA MEMÓRIA


Na entrada da minha casa há uma parede revestida de grená (bordeaux? Vermelho escuro? Vinho?) e recoberta com fotos antigas, todas em preto e branco.
Simplificando: é da cor da saudade.

SAUDADE... Uma palavra sem tradução. Uma palavra forte da cor do coração... ou saudade é em preto e branco?????
SAUDADE...  um sentimento indefinido... Ou será uma mistura de sentimentos?????

A foto mais antiga mostra minhas raízes... meus avós paternos rodeados de filhos e noras, entre eles meus pais. Eles estão protegendo minha casa.
SAUDADES DAS MINHAS RAIZES.

Fotos de quando eu era criancinha.
SAUDADES DAQUELA MENININHA DESPREOCUPADA.

Eu, já maiorzinha, em companhias variadas.
SAUDADES DE BRINCAR.

Primeira comunhão.
SAUDADES DA PUREZA INGÊNUA.

Baile de debutantes.
SAUDADES DA MOCINHA SONHADORA.

Normalista.
SAUDADES DE AMIGAS E COLEGAS QUE NUNCA MAIS VI.

Noiva.
SAUDADES DAQUELE DIA DE SONHO REALIZADO.

Mãe.
SAUDADES DE ME SENTIR TÃO IMPORTANTE.

Universitária.
SAUDADES DAQUELA VIVÊNCIA MUITO ESPECIAL.

Bacharelanda.
SAUDADE DAQUELA SENSAÇÃO DE CONQUISTA PESSOAL.

Meus filhos.
SAUDADES DE QUANDO ERAM MEUS.

Prefiro usar a palavra (assim como as fotos...) no plural.
A parede? É bem concreta e faz um belo efeito decorativo.
Saudades? Lembranças...
Lembranças em preto e branco de uma vida completa e colorida, com raízes, tronco, sementes e frutos.

9 de mai. de 2011

DIANTE DO PAREDÃO


A penumbra anuncia o final do dia e a aproximação da noite.
Ela repousa no sofá branco da grande sala ricamente decorada e, com os olhos fechados, sua cabeça sobrevoa a própria infância...

Uma menina caminha por entre árvores e flores sob o sol amarelo.
De repente, começa a chover e ela protege-se sob um guardachuva imaginário.
A menina caminha mais um pouco em direção ao seu lar – num castelo.
A menina olha pro alto e vê um lindo avião rosa... sereno... indo...
Havaí, Pequim ou Istambul.
A menina segue caminhando de bem com a vida e caminhando chega na grande parede.
A menina sabe que atrás da grande parede fica estacionada a nave do futuro, a qual ela nunca saberá pilotar.

Ela abre os olhos e depara com um rosto de menina triste, estampado numa aquarela ricamente emoldurada.
Então ela se torna criança outra vez... transpõe a grande parede e embarca na nave do futuro que ninguém sabe onde vai dar.

6 de mai. de 2011

a mãe do filho


O "pequeno" cresceu.
A mãe o ensinara a crescer... e crescer significa ser responsável tomando decisões e assumindo
consequências.

Aprendeu.
Cresceu tanto, que decidiu ir. Decidiu por si mesmo, sem perguntar se a mãe ia sofrer. Nem para a própria mãe e nem para ele mesmo.
- "Vou experimentar. Se não gostar, volto."
Nem aquele: "você não fica triste?", de quando era pequeno.
E a mãe racionaliza que é um direito dele querer ir e pensa:
- "Vai ser bom pra ele. - Que bom!"
O menino aprendera a se respeitar, a seguir os próprios impulsos medindo as conseqüências por si mesmo.
Sentindo-se vitoriosa, a mãe constatou que conseguira ensinar, com simples palavras e atitudes, o que aprendera por si mesma, a duras penas.
Racionalmente, tudo bem!
Mas mãe, aquela que vem das entranhas, que gerou, que pariu, não consegue ver a pessoa do filho, mas a sua cria. É animal. Não animal sem alma, mas com um instinto tão forte que sufoca a razão.
A vitória se manifesta em choro.
Saudade.
De manhã, o barulhinho do chuveiro, o rock baixinho no quarto.
À tarde, o telefone, sempre ocupado.
De madrugada, a televisão ligada.
Copos pelo chão. Tênis pelos cantos. O sono pesado e inconseqüente da adolescência e juventude.
No armário vazio, só os cabides atestam: ele não mora mais aqui.
Vai voltar?... a mãe só sabe que o quarto vazio, irritantemente arrumado, dói demais... e vai doer ainda, até que a mulher consiga refazer a mãe dentro de si e fique apenas feliz porque o menino cresceu.

Um mês depois, a mãe encara o menino crescido. Não dói mais. Está refeita, plenamente feliz e sente orgulho, pois: O "pequeno" cresceu e não se foi... apenas mudou de endereço.

"presta atenção na vida..."


Num programa que mostra peculiaridades de alguns artistas, uma estrela foi entrevistada. Atuando em novelas, ela aprendeu a montar e se apaixonou por hipismo. Assim, a bela mulher foi entrevista num belo ambiente hípico, o que me atraiu...
Ao falar sobre seu relacionamento com o cavalo que lhe serviria de montaria, entrou em cena seu instrutor e eu pude assimilar conceitos úteis.

O fato mostra que podemos encontrar ensinamentos onde nem esperamos e que a vó Nê estava certa ao me admoestar:

"_ Presta atenção na vida, menina!".

5 de mai. de 2011

dia das mães


                                MÃE
                                                              
TER OU SER
TRANSCENDE MINHA CAPACIDADE
DE ESCREVER.



4 de mai. de 2011

netos & netos

                       


                                  
 SIMPLESMENTE 
  
     
            E  
                  T    
                       O  
                            S